quarta-feira, 7 de março de 2018

Rumo à Costa

O dia amanheceu nublado, cinza, mas sem previsão de chuva. Abortamos o projeto de ir a Camboriú e passear no Unipraias, um completo turístico da cidade, que seria mais bonito em um dia claro. Resolvemos ir até a Lagoa da Conceição, no outro lado de Florianópolis, e de lá, de barco, visitarmos a Costa da Lagoa, uma vila de pescadores à beira da lagoa que tornou-se atração turística pela beleza de suas paisagens e, principalmente, pela sua gastronomia. A viagem até a lagoa é caótica, mas isso vai ser assunto de outro post. Ao chegarmos lá, compramos passagens para uma espécie de linha de transporte fluvial, chamada "Transporte Executivo" da Cooperativa dos Barqueiros Autônomos da Costa da Lagoa.




Por U$ 3,50 pode-se ir e voltar nos 13 "pontos" de embarque e e desembarque (propaganda nas costas da camiseta do "cobrador"), acessíveis somente por essa forma de transporte. São trapiches simples, feitos artesanalmente com materiais locais.

Os barcos saem de hora em hora nos dias de semana a cada meia hora os finais de semana, somente durante o dia. São barcos velhos, lentos, sem qualquer conforto e que causam certa apreensão quando navegam em dias de vento e água agitada na lagoa (o que, por acaso, foi o que aconteceu no dia do nosso passeio...).

A paisagem é muito bonita, e os usuários são um cadinho de origens: estrangeiros, brasileiros de diversos estados e, claro, muitos nativos. Famílias de pescadores, pessoas que foram à "cidade" resolver problemas e crianças que vão e voltam de escolas.


Dependendo das condições do tempo e do destino, a viagem pode demorar até uma hora. Não fomos até o último ponto, e viajamos por quarenta e cinco minutos. Descobrimos um pequeno paraíso, de gente simples, construções sóbrias e sem luxo, sem ostentação nem vaidade, mas onde não existe pobreza. Um belo exercício de desapego...




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