sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ron Mueck na Pinacoteca



Se São Paulo fosse um país, provavelmente seria um dos mais ricos do mundo. Isso se aplica à sua pujança econômica e ao seu crescimento, quase desenfreado. Parte desse potencial se reflete em áreas como cultura, gastronomia e esporte. Assim, os clubes paulistas se destacam em todos os esportes. Se você quiser comer comida javanesa às duas horas da madrugada, vai encontrar um restaurante aberto. E as manifestações culturais de todos os formatos em São Paulo ganham números estratosféricos. Prova disso é a exposição de Ron Mueck, escultor australiano que trabalha com hiperrealismo, utilizando materiais como resina, fibra de vidro, silicone e argila. 


Embora a singularidade da obra, milhares de pessoas formaram filas no entorno da Pinacoteca de São Paulo, seis dias por semana, durante quatro meses, aguardando por três ou quatro horas para entrar no prédio e deslumbrar-se com o trabalho do artista. 


Interessante ressaltar a pluralidade dos interessados: pessoas de todas as idades, classes sociais e origens se acotovelavam buscando o melhor ângulo para o registro da visita. 


Uma cena para guardar na memória e exaltar uma esperança:  pessoas comuns, muitas vezes sem oportunidade de uma formação cultural condizente, sabem claramente reconhecer uma obra de arte e apreciá-la com a reverência que merece. Nem tudo está perdido. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário