Turista que acredita no potencial do local não se entrega facilmente. A
gente acredita que Porto Alegre pode oferecer mais do que nos proporcionou
em 27/12/2014 (vide post
http://www.decuiaemala.com.br/2014/12/onibus-errado.html). Assim, insistimos em
realizar o passeio oferecido pela EPATUR -Empresa Porto-alegrense de Turismo -
no ônibus turismo, agora pela Zona Sul da capital. Voltamos a comprar os
ingressos com antecedência, que custam U$ 12, porque não há possibilidade de
adquiri-los na hora, estão sempre esgotados - o que demonstra o sucesso da
iniciativa.
Nosso roteiro previa saída às 15h00min, o que foi cumprido. Novamente
fomos avisados de que o sistema de som do guia que nos orientaria não estava
funcionando. Ou seja, faz oito dias, pelo menos, que está estragado, o ônibus
já fez mais de trinta viagens desde então, transportou mais de 1.200
passageiros e ninguém tomou nenhuma providência! Pelo menos podiam dar um
megafone para o pobre coitado do guia, que é obrigado a fazer a viagem e não pode
desenvolver seu trabalho. Mas, já no embarque, descobrimos que pobres coitados
mesmo são os passageiros. O veículo havia ficado parado no sol por horas, e não
havia nenhuma proteção para os bancos de plástico cinza da parte superior. Resultado:
as pessoas subiam no ônibus e não conseguiam sentar-se, porque os assentos
estavam fervendo. A solução foi jogar neles a água gelada, que os passageiros
compraram para tomar durante o percurso, a fim de resfriá-los para conseguirem
sentar-se. O veículo já estava em movimento e boa parte dos turistas ainda
estava envolvida nesta ‘operação’.
Durante o percurso ficou ainda mais evidente, e até constrangedora, a
ausência de orientações do guia. O ônibus começou a circular por ruas e avenidas
que não tinham o menor significado para quem estava no passeio. Eram bairros
antigos, provavelmente cheios de história para nos contar, mas não havia quem o
fizesse. O melhor momento do passeio foi uma pequena parada - sem descida - para
fotografias, que fizemos no Santuário Arquidiocesano Nossa Senhora Madre de
Deus, localizada no alto do morro da Pedra Redonda, quando pudemos apreciar a
bela arquitetura da igreja e a vista do lugar.
Depois de 90 minutos de ‘passeio’,
debaixo de um sol abrasador, retornamos ao ponto de partida com a desconfortável
sensação de que havíamos sido enganados.
Fica a sugestão: enquanto não consertarem o áudio do ônibus, não é
honesto realizar o passeio. Também seria bastante civilizado que colocassem um
toldo na parte de cima do veículo – como há, por exemplo, nos passeios de Salvador
e Rio de Janeiro. Infelizmente, até que essas providências mínimas sejam
tomadas, nossa dica é: não tome esse ônibus errado!
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