Ilton Ito era uma figuraça. Com este nome, não era nipônico ou similar,
mas um legitimo baiano, nascido em Vitória da Conquista. Nosso taxista, transformado
em guia turístico improvisado, recebera do irmão, também taxista, a missão de
conduzir-nos pelos caminhos interessantes da paulicéia. Se você achou estranho,
explica-se: pasme, uma cidade do porte da capital paulista não possui um único serviço
de city tour regular. Todos, públicos ou privados, estão desativados, definitiva ou temporariamente, A justificativa oficial é a baixa demanda. Não conseguimos entender porque uma cidade tão interessante perde o foco deste jeito. Aqui o único turismo que acontece é o de negócios. E esses turistas não querem nem saber de conhecer a cidade.
De fala mansa, Ilton passou boa parte do tempo
"desculpando-se" pela sujeira da cidade e seu aspecto árido, consequência
da seca que enfrenta combinada com a incompetência de gestores e políticos.
Amante da terra que adotou, não mediu gentilezas para que nosso passeio fosse
agradável, produtivo e interessante. Nessa viagem, Ilton foi "o cara".
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