sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Catedral da Sé


Quando nos deparamos pela primeira vez com a Catedral Metropolitana de São Paulo, a primeira impressão que ocorreu foi de um inusitado deja vú: mas eu já estive aqui! E quanto mais nos aproximávamos, mais essa impressão se fortalecia. Ao chegarmos à entrada, ladeada pelas esculturas belíssimas dos santos e profetas, ficou quase a certeza. Demorou um pouco até fecharmos as conexões: a catedral da Sé é quase uma cópia arquitetônica, em menor escala, da Catedral de Notre Dame, em Paris, só que setecentos anos mais nova. É muito bonita e bem conservada, inclusive externamente. 

Possui um dos maiores órgãos de tubos do mundo, embora sua acústica não seja exatamente uma reciprocidade à esta maravilha sonora. Uma figura importante na história da Catedral da Sé foi o arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, frade franciscano, sacerdote católico que combateu a ditadura militar. O arcebispo denunciava torturas, crimes e cedia o espaço do templo para manifestos pelos desaparecidos políticos e pela anistia internacional. Há vários relatos de manifestações que eram reprimidas pela polícia e o exército onde os manifestantes em fuga vinham se abrigar na Catedral. Muitos passavam dias ali, vagando entre a nave principal e a cripta subterrânea, onde estão sepultados bispos e arcebispos.

  

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