Quando nos deparamos pela primeira vez com a Catedral Metropolitana de
São Paulo, a primeira impressão que ocorreu foi de um inusitado deja vú: mas eu já estive aqui! E quanto
mais nos aproximávamos, mais essa impressão se fortalecia. Ao chegarmos à
entrada, ladeada pelas esculturas belíssimas dos santos e profetas, ficou quase
a certeza. Demorou um pouco até fecharmos as conexões: a catedral da Sé é quase
uma cópia arquitetônica, em menor escala, da Catedral de Notre Dame, em Paris,
só que setecentos anos mais nova. É muito bonita e bem conservada, inclusive
externamente.
Possui um dos maiores órgãos de tubos do mundo, embora sua
acústica não seja exatamente uma reciprocidade à esta maravilha sonora. Uma figura importante na história da Catedral da Sé foi o
arcebispo D. Paulo Evaristo Arns, frade franciscano, sacerdote católico que combateu
a ditadura militar. O arcebispo denunciava torturas, crimes e cedia o espaço do
templo para manifestos pelos desaparecidos políticos e pela anistia internacional. Há vários relatos de manifestações que eram reprimidas pela
polícia e o exército onde os manifestantes em fuga vinham se abrigar na Catedral. Muitos passavam dias ali, vagando entre a nave principal e a cripta subterrânea, onde estão sepultados bispos e arcebispos.
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