Quando
saímos do sul maravilha (lembrei do Fradim agora, personagem nordestino do Henfil, que chamava assim o sul/sudeste brasileiro) os amigos nos indicaram alguns
percursos como obrigatórios na nossa viagem. Acho que se voltarmos sem cumprir esses
roteiros vamos ser condenados ao exílio. Assim lá vamos nós a Porto de
Galinhas.
O lugar é um contraste que mostra a realidade brasileira em toda a
sua crueza. O município onde fica Porto de Galinhas - Ipojuca - é de uma
miserabilidade constrangedora. Ao passar pela cidade, rumo à praia, o que se vê
são vilas e favelas, nada que lembre uma cidade que tem no seu município um dos
lugares mais badalados do mundo.
Mas lá, tudo custa mais caro do que em Paris,
os melhores hotéis podem chegar à diárias de cinco mil reais e uma refeição
mediana num lugar basicamente higiênico (supõe-se) não sai por menos de cem
reais. Tudo isso em abril, temporada baixa, sem carnaval nem férias de verão
(ou de inverno, que é a mesma coisa por aqui).
Ao chegar, segure o queixo para não cair: a paisagem é paradisíaca, o mar, as piscinas naturais e as praias são deslumbrantes. O esforço das pessoas para agradar e servir bem é notável. Confesso: dá uma baita de uma vontade
de ser... rico!
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