Sábado, 16 horas, toca a campainha: Dona Nilda veio buscar
as chaves, conferir se não destruímos nada e fechar o apartamento. Parecia meio chateada, como se tivesse alguma parcela de culpa no que havia acontecido comigo. Sorrimos e brincamos para distensionar, mas acho que minhas dores e a preocupação da Iara comigo nos traíram. Malas fechadas, descemos para pegar um táxi, única solução de transporte para este poliralado...
O Rio de Janeiro deve ter mais táxi do que gente, já havíamos percebido isso. Cidade turística tem dessas coisas. Mal a Iara saiu na rua e
levantou o braço, parou um deles. Amauri era uma figura: negociou a corrida,
contava causos, fazia piadas de
gaúcho e em seguida pedia desculpas (e continuava fazendo), nos divertiu muito
no trajeto até o aeroporto. Deveria durar mais de uma hora, levou 25 minutos,
porque o trânsito estava muito tranquilo. Temos mais de três horas até o embarque.
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