O receptivo nos apanhou no hotel pontualmente. Mário era um português de fala mansa e muito bem informado, particularmente sobre o Brasil , país que espera conhecer em breve. Prevenido, calculou que problemas de trânsito poderiam fazer nossa viagem ao aeroporto durar uma hora: durou 20 minutos. Assim, chegamos a Orly quase três horas antes do vôo.
Em Orly o cara que recolhe os carrinhos é motorizado, É mole?
Como não dispunhamos de cadeados nas malas, achamos por bem tomarmos a mesma providência da vinda: fazer um lacre das mesmas naquelas máquinas próprias para isso. Entretanto, soubemos que o serviço estava disponível somente a partir das 06h00min. Como nosso vôo era às 07h10min e estávamos em frente ao portão de embarque achamos que não haveria problemas. Aí começaram os problemas: a moça que operava aquela geringonça chegou às 06h20min. Começou a abrir aquele troço e depois a operá-lo com uma lerdeza impressionante. Finalmente, com as malas lacradas fomos até o check-in, onde levamos uma mijada básica do atendente porque deveríamos já estar dentro do avião. Nos fez sair correndo para o embarque, onde havia uma fila. E agora? Vamos perder o avião... Por sorte a fila andava rapidamente e logo chegamos à revista da polícia francesa. Nova angústia: a moça começou a revistar todos os frascos que a Iara trazia na sua bagagem de mão (vocês têm idéia de quantos frascos de alguma coisa uma mulher pode trazer numa frasqueira?). Separava-os meticulosamente em pequenos envelopes plásticos, não sei se por ordem de produto, data, origem, cor, vencimento, periculosidade ou o quê e os devolvia para a valise.
Iara e sua valise-problema...
Aquilo não acabava nunca, e o tempo passando!! Livres dela, saímos em disparada em direção ao avião. Ao sentarmos na poltrona, um alívio, finalmente.
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