sexta-feira, 18 de março de 2011

Programa de Turista


Todas as pessoas que vem fazer turismo em Paris tem a obrigação moral de fazer duas coisas: visitar o Louvre e a Torre Eiffel. O primeiro até pode ser dispensado, afinal você pode ser um asno endinheirado que veio a Paris apenas para comprar perfumes (o que não é proibido!) e contar aos amigos onde andou. Mas subir a Torre Eiffel... ah, isso é obrigatório meeesmo. Assim, lá vamos nós subir na torre (Que medaaa!!!).


 O acesso: um sufoco


O acesso é permitido até a segunda plataforma, a 120 metros de altura, levados por elevadores de dois andares (um em cada perna da estrutura) onde acomodam-se (ou apertam-se) 50 pessoas de cada vez. A segurança do acesso é rígida e nosso tempo de espera, da entrada até embarcarmos no elevador, é de aproximadamente meia hora, porque novamente estamos em um grupo com acesso reservado. Normalmente demora-se até duas horas para entrar, ao custo de 10 euros. O elevador leva menos de dois minutos até a plataforma.     

Elevador apertado!!

Ponha a mão no queixo, empurre para cima e feche a boca. Sim, você está diante da maior obra-prima executada pelo homem: a cidade de Paris. O espetáculo é grandioso. Além de linda, a cidade teve o cuidado de preservar seus prédios centenários e exigiu dos arquitetos que mantivessem um padrão construtivo similar. Só há edifícios acima de 4 ou 5 pavimentos no centro comercial e financeiro da cidade, uma espécie de downtown francês. O resto parece uma patchwork, uma colcha de retalhos em tons que vão do branco e bege até o castanho e terra, pincelados aqui e ali por pequenos toques coloridos e rasgos verdes e azuis das praças, fontes e do Sena.

Perfeição: a mais bela mulher e a mais bela paisagem

Fotos, fotos, fotos. Não há nada mais a pensar. As máquinas estalam sem parar, numa sinfonia que lembra a chegada de um favorito ao Oscar no dia da entrega do prêmio, pisando o tapete vermelho. É isso: Paris, O Filme ganhou todos os nossos Oscars. Melhor fotografia, melhor figurino, efeitos especiais, locação, direção e sei mais lá o quê. Confesso que sempre torci o nariz para essa cidade, metida a besta e com seus arrogantes e mal-educados habitantes. Mal-educados não se admite, embora conviver com esse bando de turistas tresloucados não deva ser tarefa fácil. Mas acho que entendi a arrogância. Não se vive num lugar destes impunemente.

A cidade não só tem monumentos. Ela É um monumento!

As obras não têm a exatidão perfeita da máquina, ao contrário, tem a imperfeição da mão humana, o que lhes confere uma vida e uma beleza ímpar. Humildemente, confesso que me apaixonei. E uma lágrima de emoção rolou na face desse velho que achava que já tinha visto tudo. Mas enfim, tem melhor lugar no mundo para se apaixonar do que no alto da Torre de Paris?   

Uma vista de tirar o fôlego!

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