Após o término de nossa visita ao Museu do Louvre fomos levados pelo nosso ônibus até a Praça da Prefeitura. Dali, nosso guia nos conduziu através da Rue de La Citté até a Catedral de Notre Dame. Em frente à catedral, há o Marco Zero de Paris, uma pequena placa de latão fundido incrustrada no pavimento. Conta a lenda que quem pisa no Marco Zero voltará a Paris. Não é preciso dizer que quando nosso guia informou isso houve uma correria para pisar no local.
O Marco Zero
Sérgio, que já nos oferecera uma aula no Louvre, passou a demonstrar todo o seu conhecimento também em história e arte sacras. A Catedral é impressionante pelo tamanho, pelo trabalho de decoração (arcos, apliques e esculturas) e pelo arrojado sistema construtivo utilizado. Iniciada em 1163, nunca até então se havia tentado vencer um vão livre tão grande quanto o da sua nave central. Contra-pilares externos integrados com maestria ao conjunto da obra, de tal forma que são quase imperceptíveis, foram os responsáveis pelo sucesso da construção. Obras de arte aparecem por toda a parte, de esculturas a pinturas e afrescos. O Evangelho é contado através dessas obras em suas paredes, segundo a interpretação da Igreja Católica, destinados aos ignorantes de então, uma vez que à época a alfabetização era restrita à pouquíssimas pessoas de castas selecionadas.
A Catedral sofreu (literalmente) várias reformas e demolições durante sua existência, fruto das várias correntes de pensamento que cruzaram a sua história, como o culto ao Gótico, o Barroco e as idéias vanguardistas da Revolução Francesa e da Comuna de Paris. Apresenta hoje uma aura de misticismo e dignidade de quem viu e venceu a História.
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