Após o tour panorâmico da manhã de sexta, fomos almoçar em um local próximo ao museu do Louvre, nossa próxima parada. O que parecia uma praça de alimentação de shopping era na verdade um único restaurante, dividido em cinco cozinhas: francesa, japonesa, indiana, italiana e alemã, completados por excelente cafeteria. Lotado pelos freqüentadores do Louvre, o restaurante tinha pratos para todos os sabores e todos os bolsos. Optamos por cozinha japonesa, cozida, é claro.
O Museu do Louvre é um projeto impressionante, em construção há mais de 200 anos e sem data para acabar. Seu acervo é infindável. São quase vinte quilômetros de corredores frequentados por 8 milhões de pessoas por ano, de terça a domingo. O ingresso custa 10 euros, com serviços de guia (presencial ou multimídia) pagos à parte. Deficientes físicos e acompanhantes, crianças, grupos de estudantes, professores e desempregados não pagam. Todo o primeiro domingo do mês o acesso é gratuito ao público em geral. Promove temporadas de exposições de partes do próprio acervo e de peças cedidas a fim de aumentar as opções aos visitantes. Os franceses dizem que ir mensalmente ao museu é um passeio quase obrigatório, porque sempre há coisas novas a ver. O governo francês, juntamente com a administração do museu faz esforços financeiros consideráveis para resgatar peças históricas em poder de colecionadores e investir em novas instalações, visando qualificar seu espaço para melhor expor suas obras. É desnecessário enumerar as obras mais importantes do museu, isso já é domínio público. Mas não há como descrever a emoção frente a obras como a escultura A Vitória de Samotrácia, o maior quadro do museu, Les Noces de Cana de Veronese ou o fantástico Sacre de l’empereur Napoleon I et couronnement de l’impératrice Josephine dans La Cathédrale Notre-Dame de Paris, de Louis David.
Coroação da Imperatriz Josephine - riqueza de detalhes e muita intriga
As Bodas de Canaã - mais de 60m² de pura arte
A Vitória de Samotrácia - obra de mais de 2000 anos
É impossível tentar entender não só como esse acervo foi produzido, muito menos como conseguiu ser reunido, mas como este local foi construído e adaptado durante séculos exclusivamente para este fim. O Louvre já foi objeto de livros, publicações e teses de mestrado e doutorado no mundo inteiro. É muita prepotência tentar descrevê-lo num blog. A quem ousar desvendá-lo, fica uma sugestão: deixe de lado a racionalidade e leve consigo apenas a imaginação e a emoção. Ah, não esqueça de levar um mapa do local (nem pense em visitá-lo em um único dia), uma garrafa de água, usar um calçado confortável e muuuita disposição. Vai ser uma viagem indescritível e inesquecível. Para nós foi assim.
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